The Event

 
Afinal… Temos ou não um novo Lost?!

 
Lost acabou. Não faz nem seis meses, mas a crise de abstinência é muito grande em muita gente e quase todos os fãs estão atrás de uma série pra substituí-la. Escolher The Event talvez seja o mais óbvio. O título trata de um mistério, há um avião que cai, sequestros, um monte de personagens que se interligam por um motivo (o tal do Evento)… Mas é isso. Na sinopse e no primeiro episódio, a gente até pode crer que é algo parecido, mas basta chegar ao segundo pra saber que The Event é The Event. Lost pode ter servido de inspiração… Mas é só.

No segundo episódio, quando é revelado que houve um acidente de avião em 1944 em que todos sobreviveram e foram levados a uma prisão por não serem humanos, a gente já percebe que The Event, ao contrário de Lost, é uma série mais direta. Com um propósito, com um motivo. Qual propósito, qual motivo, qual evento? Isso a gente só vai descobrir no final. E então chegamos no que talvez seja o maior problema da série: o ritmo. The Event me pareceu rápido demais, frenético demais. A história, absolutamente nada linear, vai e volta no tempo e eu algumas vezes me vi um tanto perdido. “Quanto tempo antes era aquilo?”, “Por que eu tou vendo essa cena de novAH TÁ, é outro personagem.”
Com tanto vai e vem, tão rápido, a gente acaba não conseguindo imergir na série. Seja por tentarmos entender o que tá acontecendo ao invés de ir acompanhando a história, seja por não haver empatia com os personagens que, assim, de cara, não apresentam lá muito carisma — exceção ÓBVIA à Leila, personagem de Sarah Roemer, de Paranóia.